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As 5 capitais de Portugal ao longo da história

Conheça as cidades que já foram capitais de Portugal ao longo da história! Você sabia que nem sempre Lisboa foi a capital portuguesa?

A FORMAÇÃO DE PORTUGAL

Portugal é considerado o primeiro Estado nacional a ser formado no mundo, em 868 d.C., no contexto da Reconquista da Península Ibérica, que se deu na expulsão dos mouros (muçulmanos) da Europa. Nesta época, era conhecido como Condado Portucalense. O reino foi fundado em 1139, após a vitória na Batalha de Ourique, quando D. Afonso Henriques se torna o primeiro rei de Portugal. No entanto, a independência de Portugal foi reconhecida pelos Reinos de Leão de Castela apenas em 1143, pelo Tratado de Zamora, que pôs fim ao Condado Portucalense e fez surgir oficialmente o Reino de Portugal. Alguns anos depois, em 1179, o reino foi reconhecido pela Igreja Católica.

AS 5 CIDADES QUE JÁ FORAM CAPITAIS DE PORTUGAL

Ao longo da história, 5 cidades já foram capitais de Portugal: três delas em Portugal continental, uma capital insular e uma cidade muito conhecida na América do Sul. São elas: Guimarães, Coimbra, Lisboa, Rio de Janeiro (Brasil) e, por duas ocasiões, Angra do Heroísmo (Açores). Em seguida, confira a sequência cronológica e os motivos pelos quais as capitais portuguesas foram mudando ao longo do tempo.

1. GUIMARÃES

What To Do In Guimaraes, Portugal

Guimarães é a cidade onde “nasceu Portugal” e oficialmente a primeira capital, desde sua fundação em 1096. Antes de se chamar Guimarães, o território onde se encontra o castelo era chamado Vimaranes. No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, no do século IX, os domínios de Vimaranes foram outorgados ao cavaleiro Diogo Fernandes. Uma de suas filhas, a Condessa Mumadona Dias, mandou construir um mosteiro e para defender o pároco do mosteiro, ordenou a construção de uma fortificação, atualmente conhecida como Castelo de Guimarães, considerado uma das 7 Maravilhas de Portugal.

Foi neste castelo que nasceu D. Afonso Henriques em 1111, que veio a se tornar o primeiro rei do Portugal. Guimarães foi capital de Portugal até 1129, quando a sede de poder foi transferida para Coimbra. Respirando história, o Centro Histórico de Guimarães está listado como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2001 e possui uma rica arquitetura construída principalmente entre os séculos XV a XIX, usando técnicas e materiais tradicionais.

2. COIMBRA

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À medida que D. Afonso Henriques continuou reconquistando o território dos mouros e expandido o reino para o sul, tornou-se necessário mudar a capital para atender às necessidades da Corte portuguesa. Assim, a cidade de Coimbra foi a nova escolhida para servir como residência oficial e sede de poder, tornando-se a segunda entre as capitais de Portugal. Entre 1131 e 1255, a Coimbra foi capital de Portugal e o palácio real conhecido como Paço Real da Alcáçova passou a ser residência real desde o primeiro rei português, D. Afonso Henriques.

Em 1290, a Universidade de Coimbra foi fundada pelo Rei D. Dinis e, em 1544, todas as faculdades se instalaram no histórico Paço Real da Alcáçova, atualmente conhecido como Paço das Escolas. Em 2013, a área da Universidade de Coimbra – Alta e Sofia, foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO. A cidade de Coimbra também abriga a famosa Quinta das Lágrimas, um lugar histórico que está relacionado com trágico relacionamento amoroso entre Inês de Castro e o futuro Rei D. Pedro I de Portugal.

3. LISBOA

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Depois de alguns anos, Coimbra não oferecia mais as condições necessárias para continuar sendo a capital do reino português. Lisboa se tornou a capital do reino de Portugal a partir de 1255, quando o Rei D. Afonso III decidiu transferir a capital de Coimbra para a cidade devido à sua posição estratégica, perto de um estuário excelente para receber navios diversos. Lisboa se tornou, assim, a mais famosa das capitais de Portugal e é a capital atual do país.

Lisboa teve um papel crucial na época das Grandes Navegações, no final do século XV, uma das prioridades estratégicas do Rei D. João II. A cidade esteve na vanguarda do progresso científico e tecnológico que possibilitou a descoberta de arquipélagos e a conquista de diversos territórios. Curiosamente, Lisboa deixou de ser capital em algumas ocasiões: entre 1580 e 1582, de 1808 a 1821 e entre 1830 e 1833. Em todos os casos, essas mudanças ocorreram devido à conflitos internos e externos.

Lisboa é um lindíssima cidade às margens do rio Tejo que abriga uma série de patrimônios culturais importantíssimos. Desde 1993, a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos estão listados como Patrimônios Mundiais da UNESCO.

4. RIO DE JANEIRO

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No contexto das Guerras Napoleônicas no século XIX, a Coroa portuguesa decidiu se mudar para o Rio de Janeiro para se proteger de possíveis invasões e ataques. A cidade do Rio já era capital da colônia portuguesa e acabou por desempenhar também a função de capital do reino de Portugal. Saindo de Lisboa em 29 de novembro de 1807, a viagem durou quase dois meses e, em 22 de janeiro de 1808, D. João IV e a família real desembarcaram em Salvador antes de se deslocarem para o Rio de Janeiro, cuja chegada se deu em 8 de março de 1808.

No período em que o Rio de Janeiro foi capital, a Coroa portuguesa abriu os portos às nações amigas, fundou o Banco do Brasil, a Academia Real Militar e criou a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e o Museu Nacional. Após a derrota de Napoleão, Portugal enfrentou um movimento liberal conhecido como a Revolução Liberal do Porto, em 1820. Este acontecimento provocou o retorno da Corte Portuguesa em 1821, resultando na implementação da primeira constituição portuguesa no ano seguinte.

5. ANGRA DO HEROÍSMO

Angra do Heroismo, Terceira: from the Capital of the Azores to a World  Heritage Site

Localizada nos Açores, um território autônomo português no meio do Oceano Atlântico, a cidade de Angra do Heroísmo fica localizada na costa sul da Ilha Terceira, uma das nove ilhas que compõem o arquipélago. A cidade foi sede do governo português em duas ocasiões distintas:

  • entre 1580 e 1582: Quando D. António I de Portugal estabeleceu o governo neste local no período em que ocorria uma grave crise de sucessão, após a morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, que não deixou de descendentes diretos.
  • entre 1830 e 1833: Quando a rainha D. Maria II de Portugal se refugiou durante a Guerra Civil Portuguesa, também conhecida como Guerras Liberais, conflito ocorrido entre os liberais constitucionalistas e os absolutistas sobre a sucessão real. Ao final da guerra, a monarquia constitucional foi restaurada em Portugal.

Devido a sua belíssima baía, rica história e importante patrimônio cultural, a Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo foi classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1983.

 

This article is originally published by viajonarios.com

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